Como os modelos de partilha de dados evoluíram, a sua criticidade para qualquer negócio, como as organizações partilham dados interna e externamente e como a nuvem e o software como serviço (SaaS) estão a mudar a maneira de partilhar informação.
Para entender actualmente o valor da partilha de dados, temos que analisar como eles funcionavam nas organizações no passado. Não muito tempo atrás, pensava-se que o modelo de negócios ideal era hospedar e oferecer suporte a várias aplicações em data centers próprios.
Hà apenas 10 anos atrás, grandes empresas começaram a hospedar e executar centenas de aplicações de negócios nos seus data centers, que por sua vez têm base de dados associadas.
Essas bases de dados não foram otimizadas para análise e não partilham dados entre as aplicações. Para analisar esses dados , cada unidade de negócio responsável por uma base de dados teve que extrair, transformar e carregar (ETL) os dados no seu próprio Data Mart , que é uma versão menor e isolada de um Data Warehouse.
Para desenvolver plenamente o Business Intelligence da época na organização e executar as análises existentes, os dados tiveram que ser enviados por meio de processos ETL dos Data Marts individuais para o Data Warehouse principal. Como se pode imaginar, o processo era muito lento e complicado e muitas empresas não conseguiam sobreviver com essa abordagem de partilha de dados.
O intercâmbio de dados dentro e fora de uma organização consiste em quatro fluxos de trabalho básicos:
Entre áreas de negócio: Partilhe dados entre àreas de negócio dentro da mesma empresa
Entre empresas: Receba dados numa troca entre empresas independentes para beneficiar a sua própria empresa
Business-to-business: Envie dados numa troca entre empresas independentes para beneficiar a outra empresa
Monetização de dados: Partilha de dados ao vivo como um serviço para que os consumidores de dados possam enriquecer aqueles que já possuem
Numa única empresa, as organizações contam com e-mail, folhas de cálculo, unidades de rede partilhadas, APIs e outros métodos para comunicar e partilhar dados. Além de facilitar o dia-a-dia dos negócios, a troca de dados numa empresa permite e incentiva o aumento dos níveis de inteligência de negócios e direciona de foma mais efficiente todo o processo de decisão.
Dentro de uma organização, os dados são normalmente armazenados em silos. Fusões ou aquisições, restrições de firewall e outras barreiras de tecnologia ou negócios criam restrições na partilha de dados entre organizações. Essas separações de infraestrutura física ou lógica podem impedir que duas ou mais organizações acessem todos os dados de negócios disponíveis e obtenham percepções reais com base nos dados. Esses silos de dados aparecem quando uma organização depende de um data warehouse local tradicional ou de um data warehouse tradicional migrado para a nuvem.
A troca de dados entre diferentes empresas é algo que acontece e é sempre necessário. Pode ser num relacionamento vendedor-fornecedor, parceria, criador-vendedor ou qualquer relacionamento entre empresas que envolva troca de dados para administrar o negócio. Por exemplo, em um relacionamento fornecedor A - fornecedor B, o fornecedor A pode saber com antecedência quando repor o "stock" do fornecedor B. Um "stock" bem administrado evita o seu excesso, minimizando a necessidade de baixar significativamente os preços e, portanto, evitando reduzir a margem de lucro da empresa.
É cada vez mais comum que as organizações externalizem serviços para outras empresas. Essas empresas podem ser especializadas em logística, transporte, marketing, vendas, etc.
Por exemplo, um grande retalhista coleta grandes quantidades de dados demográficos dos seus clientes-alvo. Este retalhista partilha as informações como fornecedor de dados para uma empresa de análise de informação, que por sua vez retornará em forma de relatórios, "dashboards" ou recomendações as conclusões obtidas nessa análise.
Noutros cenários, a empresa contrata um prestador de serviço para desempenhar a função que essa empresa não desempenha internamente. O prestador de serviços gera dados como resultado do serviço que prestou, no entanto, esses dados pertencem à empresa para a qual foram contratados. A empresa que contratou o serviço, uma vez que recebeu os dados do fornecedor de serviços, aplica análises adicionais para obter "insights" muito mais poderosos e obter o máximo valor desses dados que foram gerados por uma empresa externa, mas dentro ecossistema.
Os dados são o activo mais valioso das empresas. Esses dados podem fornecer valores diferentes dependendo da empresa que deseja consumi-los.
Para monetizar o valor do dados, um fornecedor pode vender essas informações para que outras empresas possam atingir os seus objetivos de negócio.
Graças aos dados partilhados, os consumidores de dados podem usar essas informações nas suas decisões sem a necessidade de capturá-los eles mesmos. Desta forma, beneficiam diretamente ao analisar esses dados ou combiná-los com outras informações que aumentam e aprimoram o seu valor.
Para aproveitar o valor dos dados , seja para consumo, colaboração em massa ou oportunidades de negócio de valor agregado, é necessário um método fácil para permitir o acesso aos dados sem movê-los. Os métodos tradicionais de partilha de dados são normalmente caros, complexos e de duvidosa eficiência em manter seguro o acesso aos mesmos.
A monetização de dados requer a capacidade de criar um modelo de negócios seguro e de auto-atendimento, de maneira fácil e económica para partilhar dados entre fornecedores e consumidores.